— 282 —
«Fóra, fóra! esqueletos poentos,
Lobishomes, e bruxas mirradas!
Para a cova esses ossos nojentos!
Para o inferno essas almas damnadas!»
Um estouro rebenta nas selvas,
Que recendem com cheiro de enchofre;
E na terra por baixo das relvas
Toda a sucia sumio-se de chofre.
V.
E aos primeiros albores do dia
Nem ao menos se vião vestigios
Da nefanda, asquerosa folia,
D’essa noite de horrendos prodigios.
E nos ramos saltavão as aves
Gorgeando canoros queixumes,
E brincavão as auras suaves
Entre as flôres colhendo perfumes.