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Esta mudez profunda dos desertos
Um crime — bem atroz! — nos denuncia.
O exterminio, o captiveiro, a morte
Para sempre varreu de sobre a terra
Essa misera raça, — nem ficou-lhes
Um canto ao menos, onde em paz morressem!
Como cinza, que os euros arrebatão,
Se esvaecêrão, — e do tempo a dextra
Seus nomes mergulhou no esquecimento.
Mas tu, ó musa, que piedosa choras,
Curvada sobre a urna do passado,
Tu, que jámais negaste ao infortunio
Um canto expiatorio, eia, consola
Do pobre Indiano os erradios manes,
E sobre a ingloria cinza dos proscriptos
Com teus cantos ao menos uma lagrima
Faze correr de compaixão tardia.
- III.
Eil-o, que vem, de ferro e fogo armado,
Da destruição o genio formidável,
Em sua fatal marcha devastando