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Monotona esta cidade,
D'hoje ávante ficará,
A ausencia de Reaes Hospedes,
Seu encanto roubará.
Quanto em si nossa alma sente,
Não é vulgar affeição;
E' um amor puro, e forte,
Que domina o coração!
Não pensem, que nos atráhe,
Lá do throno o resplendor,
E' o poder da virtude,
Que venceu o nosso amor.
Para que nada faltasse
A nossa felicidade,
O Céo lhe deu um consorte,
Virtuoso, e com bondade:
Obsequioso, affavel,
A todos tem penhorado,
E mui sincera affeição
A todos tem inspirado.