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Sinto a vida já esvair-se!
Ah! succumbo á dor tão forte,
A luz me foge, e já sinto
A mão pezada da morte!...

 

Zalinda, ao dizer o ultimo verso, cáe exhausta e morre.

O Sultão levanta-se, e corre junto a Zalinda, que está nos braços de Zaira, e um medico chegando-se tambem a ella, e depois de a analysar, diz para o Sultão:

 

Fugiu-lhe da vida o sopro,
Já não existe Zalinda!

 
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Já não vive, e eu, desgraçado,
Soffro esta existencia ainda!..

 

O Sultão, apontando para Zalinda, diz:

 
Sultão.
 

A estrella, que me guiava,
Já não luz, já se apagou ;
Para sempre a dura morte,
Sem piedade a eclypsou!