Página:Poesias de Maria Adelaide Fernandes Prata offerecidas as senhoras portuenses (1859).pdf/56

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As freiras todas em coro,
Vão orar pelo finado;
Irei tambem, talvez fosse,
Um amante desgraçado...

Já o supplice joelho,
Amante triste curvou,
E mal qu'ergue o rosto lindo.
D'horror que quadro avistou!..

D'estertor um brado agudo,
Pelo templo resoou,
Por terra jazendo a virgem
Desmaiada, qu'espirou!..

E'ra d'Affonso o cadaver,
Que a amante reconheceu,
Sem ella viver não pôde.
E de saudades morreu!..