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Página:Poesias eroticas, burlescas e satyricas.djvu/140

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XXXI

Dizendo que a costura não dá nada,
Que não sabe servir quem foi senhora,
A impulsos da paixão fornicadora
Sobe d’alcoviteira a moça a escada:

Seus desejos lhe pinta a malfadada,
E a tabaquenta velha seductora
Diz-lhe: «Veiu, menina, em bella hora,
Que essas, que ahi tenho, já não ganham pada:»

Matricula-se aqui a tal pateta,
Em punhetas e fodas se industría,
Em quanto a mestra lhe não rifa a grêta:

Chega, por fim, o fornicario dia;
E em pouco a menina de muleta
Passêa do hospital na enfermaria.

(D)