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notas

dous copos, um de vinho, outro de agua; o mais velho, sem dar satisfações, precipitou-se sobre o do vinho, que o leigo viu com olhos de inveja emborcar até meio, resolvendo-se então humildemente a pegar no copo d′agua. Mal não era feito o movimento, quando irado o padre mestre por vêr a audacia com que o seu subalterno, faltando ás regras da santa obediência, bebia a agua de moto proprio, volta-se ainda em cima, para o estafado moço, berrando-lhe: O irmão já me pediu licença para beber isso?

«Bocage, que de toda a scena nem um meneio perdera, ergue-se furibundo, vai dentro, e apodera-se de um cajado, com que sáe para a rua a desancar frades. Esteve divino: vociferações, epigrammas contra frades borbotavam em cachão.

«Quiz a fortuna que a um canto da feira lobrigasse um cardume de gente, ralhando, ameaçando, rindo e gritando. Encaminhou-se para a multidão, que rodeava uma loja ambulante de bonecos de barro. E ahi lhe contaram como a mais rica peça da loja, era um frade de louça d′Extremoz, atacando uma freira; que passára aquelle frade de carne, que ainda lá ia ao longe, o qual encolerisado arrebatara o escandaloso grupo, o esmigalhara e conculcara aos pés, continuando impavido em seu caminho.

«Imagina-se como Bocage ficaria! Entra a correr,