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olinda

D′ellas a alma se apossa sequiosa:
Tu és, prezada amiga, unico archivo
Aonde os meus segredos mais occultos
Eu vou depositar: em ti encontro
O refrigerio a males, que tolero,
Sem poder conhecer a sua origem.

Se bem me lembro, outr′ora de ti mesma
Ouvi eguaes queixumes, não sabendo
Nem eu, nem tu, d′onde elles procediam.
Uniu-te a sorte a Alcino, e venturosa
Sempre te ouvi chamar desde esse tempo.
Cessaram os teus males, eu os sinto...
A edade é (dizes tu) a causa d′elles;
Ah! Que extranha linguagem! Não concebo
Porque fallas assim; pois traz a edade
Males, nos tenros annos não provados?
Tres lustres conto apenas: tu tres lustros
Antes de te esposar tambem contavas;
Poz o consorcio a teus lamentos termo,
Limitará os meus? Ah! dize, dize
Tu, que desassocego egual soffreste,
O seu motivo, e como o apaziguaste;
Revela á tua amiga este mysterio
D′onde sinto perder o meu repouso.
Eu não exp′rimentava o que exp′rimento:
Os meus sentidos todos alterados
Uma viva emoção põe em desordem.
Cala-me activo fogo nas entranhas:
O coração no peito turbulento
Pula, bate, com ancia extranhamente: