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Página:Poesias eroticas, burlescas e satyricas.djvu/89

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alzira a olinda
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Que não continuasse a atormentar-me:
O cruel, minhas lagrimas bebendo,
Respirando com ancia, e furibundo,
Com a bocca colada sobre a minha,
Meus gritos abafando, me rasgava:
Mais internos pruridos flagellavam
Intactos membros, mais ardor vehemente
Abrange a todos do que os outros soffrem.
Copioso suor ardente, e frio
O cançasso d′Alcino, a afflicção minha,
Inculcavam assás, que eram baldados
Seus esforços crueis para romper-me:
Tão ardua intromissão debalde havia
A custo do meu sangue repetido.
Se enorme corpo diminuta porta
Deve transpòr, carece de abater-lhe
Antes d′entrar, humbraes a que se encosta.
A violenta fricção traiu Alcino,
E o membro, que tentava traspassar-me.
Da propria sanha aos impetos rendido,
Succumbiu, espumando horrendamente.
Da electrica materia nas entranhas
Caíram-me faiscas derretidas;
Um vulcão se ateou dentro em mim toda,
O insoffrivel ardor, que me infundiu
Liquido tiro, ao centro já chegado
Por onde apenas o expugnado forte
Da inimiga irrupção indefensavel,
Podia receber patente damno,
Taes estragos causou, que mais valêra