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―«Bem vindos sois, cavalleiros;
    Bem vindos á montaria!
    Qual prazer, no céu, na terra,
    Ao nosso se igualaria!―

Assim disse o conde, e rija
    Palmada na côxa deu.
    Atirando pelos ares
    A grande altura o chapeu.

―«O som da tua buzina―
    Tornou logo o da direita―
    Nem aos canticos do côro
    Nem do sino ao som se ageita.

Ruim caçada te espera!
    Atrás te cumpre voltar.
    Contra ti a ira celeste
    Não queiras desafiar.»―

―«Nobre conde monteae―
    Prestes o outro atalhou―
    Que importa a bulha do côro,
    E se o sino badalou?

Deixae ao povo o seu medo:
    Que para a relé foi feito.
    Não são palavras sandías
    Das que merecem respeito.»―