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Eu pego na penna,
Escrevo o que sinto;
Seguindo a doutrina
Do grande Filinto.
Que estou a dizer?!
Bradar contra o vicio!
Cortar nos costumes!
Luiz, outro officio.
Não luctes com isso,
Trabalhas em vão;
E podes tocar
N’algum paspalhâo.
Vai lá para a tenda
Pegar na sovela,
Coser teus sapatos
Com linha amarella.
Mordendo na sola,
Empunha o martello
Não queiras, com brancos,
Metter-te a tarelo.
Que o branco é mordaz,
Tem sangue azulado:
Se boles com elle
Estás embirado.
Não borres um livro,
Tão bello e tão fino;
Não sejas pateta,
Sandeu e mofino.
Sciencias e lettras
Não são para ti