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Por entre as janellas
Os olhos enfio.
Mas eis que diviso
Um velho zangão,
Zurzindo raivoso
No seu rabecão.
Marcava o compasso
A pausa empinava,
Que, em clave de bufo,
Confuso roncava...
Mexia-se todo,
Fazendo caretas;
As ventas fungavão
— Sonantes trombetas.
Na vasta batata,
Que tem por nariz,
Formára seu ninho
Crescida perdiz.
Sobr’ella, de encaixe,
Luzindo se via
A vitrea cangalha
Que a vista auxilia.
N’um lado da penca,
Emalto degráo,
Sereno cantava
Audaz Picapáo.
Da lucta cansado,
Tremendo e suando,
A bola afrescava
Pitadas tomando.