Página:Primeiras trovas burlescas de Getulino (1904).djvu/83

Wikisource, a biblioteca livre
COLLEIRINHO

Assim o escravo agrilhoado canta.

Tibulo.


Canta, canta Colleirinho,
Canta, canta, o mal quebranta;
Canta, afoga magoa tanta
N’essa voz de dôr partida;
Chora, escravo, na gayola
Terna esposa, o teu filhinho,
Que, sem pae, no agreste ninho
Lá ficou sem ti, sem vida.

Quando a roixa aurora vinha
Manso e manso, além dos montes,
De oiro orlando os horisontes,
Matisando as crespas vagas,