Página:Quatro regras de diplomacia.pdf/128

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Tive a honra de receber os Despachos de V. Ex.ª com os N.os 31 a 35, e agradeço infinitamente as noticias que n'elles se conteem, as quaes me enchem de jubilo, não só porque vejo dissipadas as forças dos rebeldes, como por se ter conseguido esse resultado sem a elffetiva cooperação das bayonetas estrangeiras, havendo estas tão sómente servido para dar animo aos que por timidez se não declaravam. Agora póde o Governo contar com um firme apoio, e desenvolver toda a energia que necessariamente lhe faltava desde o anno de 1820. Alguns castigos justos e severos, um systema de leis e medidas administrativas, sabiamente concertado com as Côrtes, reunirão a grande maioria dos Portuguezes debaixo da egide tutelar da Carta Constitucional.

Queira V. Ex.ª em meu nome beijar a generosa Mão da Serenissima Senhora Infanta Regente, a quem tanto deve a Nação Portugueza, e felicital-a em meu nome pelo lustre que resulta á sua Regencia do feliz successo das nossas tropas.

Deus Guarde a V. Ex.ª Brighton, 2 de Fevereiro de 1827.

Ill.mo e Ex.mo Sr. D. Francisco de Almeida.

Marquez de Palmella[1].


N.° 18
Officio do mesmo, com pesames pela morte da Imperatriz do Brazil

Ill.mo e Ex.mo Sr.

Com sentimento de consternação sincera me cumpre remetter a V. Ex.ª, para que seja presente á Serenissima Senhora Infante Regente, a copia inclusa de uma carta que n'este momento recebo do

  1. Sr. Reis e Vasconcellos, Despachos do Duque de Palmella, T. III p. 43.— No resto do Officio participam-se diversas noticias.