— Quero afastá-lo de minha casa, se ele lá vai, ou evitar as ocasiões de me encontrar com ele.
— É um homem que a não respeita sequer, um libertino, cuja mulher é um anjo...
— O Dr. Batista?
— Esse.
Lívia estendeu-lhe a mão. Félix quis ainda falar-lhe, mas a viúva observou que era tarde e dirigiu-se para a porta. Félix acompanhou-a até o jardim. Ao despedir-se dela pela última vez, o médico apertou-lhe Félix fervorosamente a mão.
— Perdoa-me?
— Sim! disse ela.
E pela primeira vez nessa noite era a sua voz terna e amorosa como de costume.
Félix viu-a entrar no carro que partiu imediatamente. Voltou para a sala. Estava irritado contra si mesmo. Reconhecia a sua precipitação; achava-se grosseiramente injusto. Se lhe houvera lembrado a visita da moça, tê-la-ia pedido como o meio único de lhe desvanecer de todo as suspeitas. Agora que ela o deixava, acusava-se de a haver obrigado àquele extremo recurso.