que deixo narrados no capítulo anterior. Félix escutou a narração do amigo com um interesse que não podia vir senão do amor. Meneses concluiu pintando-lhe com as cores que o caso pedia a baixeza do seu procedimento, o desaire que recaía sobre a viúva, e o remorso que o havia de acompanhar a ele, ainda quando daquele triste episódio não saísse nenhuma fatal conseqüência.
Félix mostrou-se profundamente comovido com a narração de Meneses e as reflexões que lhe fizera.
— Tens razão, disse ele quando o amigo acabou de falar; procedi covardemente. Ela ainda me ama... E perdoa-me, não é? Sim, há de perdoar-me... Pobre Lívia! Se tu soubesses como ela tem sofrido por minha causa!...
Meneses, satisfeito, disse-lhe que era indispensável voltar à cidade. Enquanto falava, porém, o rosto de Félix mudou de expressão. A única resposta do médico foi:
— Não! o que está feito, está feito; agora é impossível recuar.
— Impossível! gritou Meneses.
— Impossível, repetiu placidamente Félix.
Meneses levantou-se impaciente e começou