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da qual, em campo azul, se via um castello de prata e n’elle um escudo de ouro, com as quinas de Portugal, pendente de um trancelim de pedraria.

«Em cima do castello, de ambos os lados, sabiam dous braços: um offerecendo um cesto de flores, com a inscripção por baixo Verent æternum! em outro um cesto de frutas com a inscripção Tutius latent: do outro lado em campo de prata um sol retrogrado, correndo do poente para o pascente e & inscripção Rectior cum retrogradus; e logo outra Nequaquain minima est, com um boi e ama mula por baixo olhando para o mesmo sol».

Tão inintelligivel e inexequivel com precisão é o brazão acima descrito, que perferi dar á cidade de Belém novas armes, que me parece lhe não irão mal: escudo partido em faxa; em cima, de prata, com trez seringueiras da propria côr; em baixo de verde com um rio de prata, em faxa; tendo a corôa moral sobreposta, Mote: Megapatamos.

DO ESTADO DO MARANHÃO

De goles, com trez capulhos de algodão de prata, em roquete; tendo por cima & estrella de prata, Mote: Sicut argentum.

Da cidade de São Luiz do Maranhão

o padre Jozé de Moraes, na obra acima citada Historia da Companhia de Jezus na extincta provincia do Maranhão e Pará, a pags. 182-183 dá o seguinte brazão å cidade de São-Luiz do Maranhão: «São pois as armas proprias d’esta cidade, cabeça em outro tempo do estado, um escudo coroado; no campo do qual se vê um braço armado de uma espada, de cuja mão, como de Astréa, pendem umas balanças á que servem de conxas dois escudos menores, em um que peza menos se vê as flôres de liz e as armas de Olanda com estas letras VIS; Do outro que peza mais se vê as armas de Portugal com as mesmas letras VIS e por baixo logo a epigrafe que diz: Præponderat, porque pezou mais o jus ou a justiça das armas de Portugal, que o vis ou força das do