para a Diocese d'Elvas, desafogou , para maior desdita sua, em algumas composições poéticas.[1]
Acabados aqui os seus estudos, ardor d'approveitar-se em patria alheia [2]o transportou a Lisboa, para melhor proseguir na sua carreira; mas o Bispo d'Elvas,[3] cujo odio a sua victima havia exacerbado, pô-
- ↑ D'ellas, chegou ás minhas mãos o soneto que transcrevo. Achal-o-ha demasiado virulento quem não souber que o sollicito Pastor desterrou muitas das suas ovelhas, entregando-as á lôba da Inquisição: « São pedreiros-livres, dizia o sancto homem, inimigos do throno e do altar!... »
» Alviçaras, Funchal, da oppressa frente
» Arranca em fim o ramo d’acypreste;
» As alvas roupas da alegria veste;
» As faces banha de prazer vehemente!
« O flagello tenaz da humana gente,
» Mais terribil que fome, guerra e peste,
» Por Decreto fatal da Mão celeste
» A seu pezar te deixa em paz contente!
« Era um sancto Varão!... viver devia
» Lá no callado horror das mudas selvas,
» Onde nem sequer visse a luz do dia;
« Brutas feras tractar, manter se em relvas,
» Esse aborto da torpe hypocrisia
» O Bispo do Funchal, eleito d'Elvas. - ↑ Soneto — pag: 90.
- ↑ Torres