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SONETO.
Ao Muito Reverendo Senhor Doutor João Francisco Lopes Rocha, Conego na Sé do Funchal, e então Professor Regio de Rhetorica.
Cicero Funchalense, eu te saúdo,
E grato cá de longe a voz alçando,
Te agradeço as licções que bebi, quando
Comecei a gostar o doce estudo.
Ellas escórão o alentado escudo,
Com que espanto este mal, que estou passando,
No meio dos trabalhos recordando
Dictames, que te ouvi absorto e mudo.
Tu dispozeste o loiro que me enrama,
Que nem o raio cresta, nem consome,
Apezar da desgraça, que me acama.
Com a minha gloria a tua gloria assome,
Participa tambem da minha Fama,
Ouvido seja, a par do meu, teu Nome.