montaram e, a um grito, partiram rebolando o sedenho, cravando de rijo as chilenas, atrás do gado que se sumia, perseguido pelos roncos da tormenta, na direção de um vale seco, cavado entre rochas. Mas a chuva varreu o campo, grossa, rabanando, açoitada por um vento desabrido que se levantara. Sucediam-se os relâmpagos e os trovões ribombavam. Longe, os gritos dos campeiros que afrontavam a tempestade brandindo os compridos ferrões e, além, o borrego da defunta, parado, indeciso, balando sob o aguaceiro, a olhar comovedoramente os homens que corriam sacolejando a morta dentro da velha rede.
Sereno, tranquilo, continuando a bater à porta do céu com a sua prece, o sino, entretanto, insistia no seu ofício de religioso, triste, no púlpito do campanário, rezando pela morta o seu piedoso Réquiem.