Foi o único momento, em que esse homem, habituado desde a sua vinda ao mundo a ser qualquer, foi eu. Toda a energia que devia ter despendido a pequenas doses durante quarenta anos, acumulou-a para empregá-la de um só jacto. Debalde tentaram persuadi-lo que podia ser conselheiro e conde ao mesmo tempo, contanto que pagasse em proporção. Na paga, não havia dúvida de sua parte; mas a prática do mundo lhe ensinara que o conde mata o conselheiro; e se ele caísse em afidalgar-se, ninguém o trataria jamais por “Conselheiro Barros”, que era a sua grande ambição.
A maior concessão, a que chegou, foi consentir que a mulher se fizesse condessa, ela só, ficando ele conselheiro. Neste sentido, a instâncias de D. Guilhermina, deram-se os passos necessários; mas o governo, depois de ouvir os mestres da lei, decidiu que uma condessa só pode ser mulher de um conde.
Resignou-se pois D. Guilhermina, com o maior pesar, ao seu nome de batismo; mas não perdeu de todo a esperança. Consta que apelou para a emancipação das mulheres, ideia de que era ardente sectária,