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Página:Sonhos d'ouro (Volume I).djvu/27

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Depois de alguns minutos de passeio, o moço, cujos olhos iam percorrendo com indiferença as bordas do caminho, de um e outro lado alternadamente, desviou-se do trilho batido e seguiu por dentro do mato. Mal tivera tempo de sumir-se entre a ramagem do arvoredo, quando ouviu-se o tropel de um cavalo que passou a galope. Enfiando o olhar por entre as folhas, pôde ver o cavaleiro, o qual era rapaz de 21 anos, de belo parecer e maneiras agradáveis. Montava um cavalo castanho.

— Fábio!

O cavaleiro colheu prontamente as rédeas, fazendo estacar a montaria, e voltou-se duvidoso para ver se com efeito o haviam chamado, como lhe parecera. A rapidez do galope e a repercussão do solo tinham impedido que ouvisse distintamente a voz do passeador a pé:

— Que milagre!... Hoje madrugaste!...

— Ah! És tu, Ricardo?! exclamou o cavaleiro retribuindo o sorriso. Vou à Vista dos Chins com uns rapazes que estão aí no hotel do