seiva dessa mocidade, o viço dessa alma, não se expandia no rubor da cútis, mas no olhar ardente e esplêndido dos grandes olhos negros, e no sorriso mimoso dos lábios, que eram um primor da natureza.
Admirando aquele rosto encantador, ninguém reparava na sua palidez; ao contrário parecia que os tons rosados maculariam a alvura do lírio. A alma que se derrama assim em ondas no olhar e no sorriso, está no íntimo, no coração, donde se desprende em centelhas: não pode tingir as faces.
Um roupão de caxemira verde-escura, debruado a cairel de seda preta, com abotoadura de aço, moldava um talhe esbelto, que parecia talhado em mármore, tal era a correção das linhas e a harmonia dos contornos. O gracioso chapéu de castor cor de pérola, em vez de cobrir-lhe a cabeça gentil, pousava como um pombo na rica madeixa negra, que lhe descia caprichosamente pelo pescoço em opulentas cascatas.
Calçava luvas de camurça amarela, cujo longo