trouxe-o consigo. Ignorava quanto é dispendioso na corte o trato de um animal. Sem dúvida seria obrigado a separar-se do Galgo, se Fábio não pedisse à tia para conservá-lo na sua rocinha da Tijuca. Assim pouco se aproveitava o dono do seu cavalo; porém obtinha conservá-lo, esperando melhores tempos.
Os dois amigos partilhavam igualmente os serviços do cavalo, e o Galgo parecia compreender essa comunidade, porque os considerava a ambos como senhores, embora respeitasse mais a Ricardo.
No sábado, quando subiam a serra, um por seu turno montava o Galgo, enquanto o outro ia a pé com a fresca, até que o cavalo tendo chegado à casa, vinha-lhe ao encontro para poupar-lhe um resto de caminho. Na segunda-feira pela manhã, voltando para a cidade, revezavam igualmente.
O domingo era repartido da mesma forma: um desfrutava o passeio da manhã, o outro o da tarde. Se pois o Galgo descansava durante os quatro dias da semana, nos outros fazia sofrível exercício.
Fábio, de gênio