Fábio não só tinha servido de escudeiro a D. Guilhermina para suspendê-la do banco, meter-lhe no estribo o pé elegante, e arranjar-lhe as dobras da saia de montaria, como continuara pelo caminho a exercer o mesmo agradável mister.
Era ele quem levava o chapeuzinho de sol, o lenço, as flores, o leque e até o chicotinho de madrepérola da senhora, que lhe confiara de boa vontade todos esses objetos, não só pela comodidade de os trazer à mão em um cabide ambulante, como para dar ao moço o prazer de os guardar.
Se precisava do lenço para enxugar os lábios úmidos do sorriso, como um lilás ressumando orvalhos; se tinha fome, como o colibri dos perfumes de seu ramo de violetas; se os dedos cativos na luva de pelica bronzeada sentiam ímpetos de se agitarem, como os passarinhos de voar, e queriam divertir-se a cortar os talos das folhas com a vergasta do chicotinho, Fábio prontamente lhe passava o objeto desejado, e nessa troca, repetida de instante a instante, as mãos