Para ir levar fertilidade aos campos,
Como, mal que desperta, ao leito foge,
E asinha o lavrador busca o trabalho.
Da infância de Rousseau deixando o berço,
Pobres vilas da França irás passando,
Ricas cidades vendo.
A Poligny chegando, a rocha [1] vinga,
E na gótica estância, que talhada
Foi aí pela mão da Natureza,
Brasil, lerás nas rústicas pilastras.
Numa aba da montanha, junto à estrada,
Onde oculto desliza manso arroio,
Acharás uma imagem veneranda
Da Rainha dos céus, três vezes pura,
Dos cristãos caminhantes protetora.
Inda a seus pés verás murchas saudades,
Por minhas mãos colhidas na montanha.
De cidade em cidade irás vagando;
Entra em Paris, Rainha das cidades.
- ↑ O monte Jura. Veja-se p. 132, Uma Manhã no monte Jura.