Como o rouco bramido das tormentas;
É a voz do Universo! — voz terrível,
Porém harmoniosa, que proclama
A existência de um Ser, que de si mesmo,
De sua onisciência, e eterna força,
Tudo tirou, quanto o Universo encerra.
Os céus, os mundos, o Oceano, a terra
É um vasto hieroglífico, é a forma
Simbólica do Ser aos olhos do homem.
O movimento harmônico dos orbes
É o hino eterno e místico, que narra
Altamente de um Deus a onipotência.
Tudo revela Deus, — e Deus é tudo.
De tal grandeza sotoposto ao peso,
Como se o esmagasse ingente mole,
O homem se aniquila, e desparece,
Qual no profundo pego um grão de areia.
É aqui, oh meu Deus, calcando nuvens,
Parecendo tocar o céu co'a fronte,
Qu'eu reconheço a imensidade tua
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