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Página:Suspiros poéticos e saudades (1865).djvu/64

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Como a lâmpada do templo
Nas trevas sozinha vela,
Mas se volta a luz do dia
Não se apaga, e sempre é bela.

Dos pais, do amigo na ausência,
Ela conserva a lembrança,
Aviva passados gozos,
E em nós desperta a esperança.

Por ela sonho acordado,
Subo ao céu, mil mundos gero;
Por ela às vezes dormindo
Mais feliz me considero.

Por ela, meu caro Lima,
Viverás sempre comigo;
Por ela sempre a teu lado
Estará o teu amigo.