Página:Til (Volume III e IV).djvu/208

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No vão de uma janela conversava Luís Galvão com alguns de seus convidados, entre os quais havia mais de um antigo camarada, rapaz de seu tempo.

Voltados para o terreiro, observavam de longe as folias, de que tinham saudades; e muitos porventura invejavam ainda aos moços o prazer das estrepolias, que já lhes permitiam a gravidade dos anos e a rijeza dos músculos.

— O Afonso é endiabrado!

— Tem a quem sair.

— Oh! Se tem! Cá o Luís foi de truz!

— Um maganão chapado!

— Como se enganam! retorquiu Luís a rir. Sempre fui da pacata!

— Da sonsa, talvez!

— O que sei é que no nosso tempo ninguém punha pé em ramo verde!

— Mas não pescava senão peixões.

— Que história estão vocês aí a inventar? tornou o fazendeiro com disfarce.

— E a filha