TURBILHÃO
I
Revistas as ultimas provas do conto de Aurelio Mendes, o Anacharsis dos «Idyllios pagãos», Paulo Jove arredou a cadeira e poz-se de pé, desabafando. Doia-lhe a espinha e, como havia fumado quasi todo o maço de cigarros, tinha a boca amarga e aspera, os olhos ardidos, não só do fumo e da claridade intensissima das lampadas electricas, como da fixidez attenta em que os mantinha desde as sete e meia até aquella hora alta da noite.
Curvou-se com as mãos nas ilhargas, d’impeto esticou os braços, arrojou-os para a frente com um ahn! surdo de athleta que exercita os musculos entorpecidos e desabou-os depois, com força, sacudindo-se todo, virando, revirando a cabeça, como em ancia angustiosa. Ergueu-os de novo