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Página:Turbilhão (Coelho Netto, 1919).djvu/196

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VIII

 

Eram nove horas da manhan quando D. Julia foi bater á porta do quarto do filho, chamando-o. Paulo levantou-se de mau hunior.

— Que é, mamãi?

— Está ahi o cobrador da casa.

— Que historia! Diga-lhe que eu vou levar o dinheiro, que ainda não recebi.

— Por que não falas tu mesmo? Eu tenho tanta vergonha...

— Vergonha de que? Tambem a senhora tem vergonha de tudo. Que espere um pouco; eu não hei de inventar dinheiro.

— E a joia? perguntou ella baixinho.

Paulo resmungou:

— Hontem não foi possivel, tive muito que fazer. Vou hoje.