despejados bafos d'álcool. A gente era uma canalha: capoeiras, gatunos, até um Castro, por alcunha o Faísca, que era dos mais assíduos, sempre obsceno, e bravateador, mostrava navalhas célebres, entre elas, uma mais querida, de lâmina gasta, que rasgara ventres. Não lhe convinha aquilo.
Falar com o Junqueira era até chic, porque sempre o via em boas rodas, mas cumprimentar qualquer daqueles tipos do antro, era uma vergonha que o comprometia. Na outra casa eram todos homens limpos, rapazes colocados, de nome; eram relações que ficavam e serviam; depois a banca era outra. Decidia-se e havendo calculado uma diária modesta de quinhentos mil-réis - coisa fácil - levantou-se feliz, esticou os braços e pôs-se a cantarolar. Bateram à porta. "Entre!" disse, sem lembrar-se de que a fechara à chave. Empurraram.
— Está fechada, disse a velha.
Correu a abrir. Dona Júlia entrou com o café.
— Toma, enquanto está quente; - e deixou-se cair na cadeira, cansada. Ele bebia o café a pequenos sorvos.
— Mamãe já pagou à Felícia?
— Ainda não. O dinheiro que tenho mal chega para a casa. E ela bem precisa, coitada!
— Eu tenho algum, disse ele com superioridade.
— Pois sim. - E afirmou com enternecimento: