e no esguicho; Barroso tinha duas fichas. E murmurava-se: "Era tempo... É número que não falha. Demora, mas sempre vem..."
O sereno Junqueira não se perturbara e continuava a fumar, sem uma ruga na face, sem mais brilho nos olhos, imutável. Paulo começava a desanimar - cem mil-réis já lá estavam nas cordas. Decididamente devia fazer como Junqueira - jogo forte e metódico, escolhendo um número, firmando-se nele - quando desse recuperava o perdido, e ainda lucrava, e, com uma repetição, estourava a banca. Aquilo sim, pensava, maravilhado e invejando, enquanto pagavam ao Junqueira a atrevida parada; aquilo é que era jogar, o mais... histórias!
O tempo da banca estava a expirar quando entraram outros pontos. O melhor era aguardar a outra banca, com o Faustino à bola. Messias era um "mão-de-ferro", ninguém escapava. Logo, porém, que a roleta recomeçou a girar, sem calma para manter o protesto, pediu fichas, concentrou-se no 29; pouco a pouco porém, irresistivelmente, foi, cobrindo números ao acaso, seguindo as mãos que andavam, aos esbarros, deixando fichas, arranjando cartões. Ainda o pequeno.
Retirou-se afogueado, sempre com a idéia fatal de que a sua sorte fora desviada pelo sinfonista. O seu olhar faiscava de ódio, tremiam-