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Página:Turbilhão (Coelho Netto, 1919).djvu/261

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noite. Paulo declarou superiormente - "que topava", mas os outros negaram-se; até o Messias, sempre pronto, escusou-se alegando um compromisso sério: "Alguém que o esperava no Recreio".

— Homem, aquilo hoje deve estar magnífico, declarou Narciso, levantando-se e tomando o sobretudo.

— Com esta noite? qual! resmungou o deputado.

— Não é o benefício da Eugénie?

— Sim, é...

— Então, meu amigo, está cheio.

Messias, que abrira o postigo, anunciou uma noite magnífica, estrelada e com lua. A notícia abalou o Junqueira que, molemente, estirando os braços, deixou a chaise longue.

— Pois vou também dar uma vista d'olhos. Tenho um camarote. Queres vir, Narciso?

— Não, estou esbarrondado; vou meter-me na cama. Boa noite.

Outros despediram-se; e Paulo, não sem pena, foi tomar o chapéu. Aurélio esperava-o na sala do bilhar, friorento, esfregando as mãos, muito encolhido no seu casaco cor de pinhão.

— Onde vais?

— Ao Recreio. Queres ir?

— Vamos lá.

Procurou a bengala e, lançando por uma janela os olhos ao céu, ainda acastelado