se entrincheirado no desastre, opunha à fúria do mulato o corpo da agonizante e vencia, triunfava à custa da sofrimento. - Então vai e volta, vem ficar conosco. Não tenho cabeça para nada. Não demores... Nem sei se Violante ainda a encontrará com vida. Olha, passa primeiro pelo médico, aqui na Rua da Lapa; dize-lhe que ela está assim.
O mulato acenava com a cabeça. Saiu, Ritinha acompanhou-o e na sala, tomando-lhe a frente, sentindo-se justificada, exclamou:
— Então? Acreditas agora?
— Dá cá um fósforo.
Ela foi ao quarto, trouxe uma caixa de fósforos.
— É aí que você está dormindo? - perguntou ele chegando à porta e olhando o leito ainda desmanchado.
— Dormindo... É aqui que eu descanso; ninguém dorme nesta casa.
Acendeu vagarosamente o cigarro e tomando a chapéu:
— Bom, vou ver a menina.
A mulata prendeu-o, com um grande desejo dele, contorcendo-se de volúpia, mole, a entregar-se. Ele afastou-a:
— Deixa disso, criatura. Você está maluca?
Abriu a porta e saiu. Com as pernas bambas, nervosa, irritada, vibrando, ela deixou-se cair em uma cadeira e, quando sentiu os passos de Paulo, nem forças teve para levantar a cabeça derreada no espaldar. O rapaz fez um sinal interrogativo.