se a torcer a toalha da mesa, sem dizer palavra. - Então essa gente da polícia não pode salvar uma moça?
— Que hão de eles fazer, mamãe? Quem sabe lá! O delegado prometeu interessar-se por ela. Mas a senhora sabe que também não é assim, de uma hora para outra. Eles vão procurar.
— E então?
— Se encontrarem obrigarão o homem a casar, seja ele quem for. Não há outra coisa a fazer.
— Ah! meu filho... E se for um ricaço? O dinheiro vence tudo. Os ricos governam e a minha pobre filha é que fica para aí, perdida. Tu conheces tanta gente, Paulo... Tem pena de mim. Tem pena de tua irmã.
E a pobre velha, de mãos postas, soluçando, deixou-se cair de joelhos, a implorar.
— Tem, Paulo, tem pena de mim. Que vergonha, meu filho! - e inclinou-se, com o rosto nas mãos, os cotovelos fincados na cadeira. Paulo levantou-a:
— Eu farei tudo. mamãe; descanse. Nem conto com a polícia. Eu mesmo vou procurar Violante.
— Sim, meu filho; ela é tua irmã! Nem sabe o passo que deu. - Nervosa, trêmula, arrastando-se para o quarto, pôs-se a dizer: Nem eu sei com que cara hei de aparecer amanhã a essa gente da vizinhança.
Paulo já havia entrado no quarto quando ouviu o baque de um corpo. Precipitou-se, sobressaltado, e