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Página:Ubirajara.djvu/153

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UBIRAJARA

Assim a Jandaia róe o grello do procero coqueiro.

Foi então que Itaquê soltou o rugido pavoroso que fez tremer a terra. Mas o grito de espanto sossobrou no peito dos guerreiros e rompeu em um grito de horror.

Itaquê estendera os braços, hirtos como duas garras de condor. A mão direita abarcou o pennacho e a cabelleira de Canicran, a esquerda entrou pela bocca do tapuia e travou-lhe o queixo.

Separaram-se os braços do guerreiro cego e a cabeça de Canicran abriu-se como um côco que se fende pelo meio.

Agitando no ar o craneo sangrento como um maracá de guerra, Itaquê arrojou-se contra os inimigos, buscando a morte que lhe fugia.

Quando o sol entrou, não havia na campina a sombra de um tapuia.

O velho heroe voltou á cabana conduzido por Pojucan:

— Tupan viu que Itaquê não podia ser vencido pela mão dos homens; e quiz vencel-o elle mesmo pela mão de um menino.