que lhe cobriam as pernas, e do gibão vermelho e azul, que lhe cobria o peito, tendo bordadas as armas da senhoria.
Bem depressa o Senhor apareceu montado num potro branco, com plumas brancas na gorra, sob a qual caíam os seus cabelos louros. Um aio, ao seu lado, levava o falcão no punho. E dois cavaleiros seguiam, de lança alta. Vendo Cristóvão, o menino gritou de alegria: e três vezes fez correr o potro, que se espantava, em torno de Cristóvão imóvel, com a sua maça no ombro. Depois, atravessando a ponte levadiça, correu pelo caminho largo, voltando-se na sela, airoso e vivo, para ver Cristóvão, que trotava com as suas vastas passadas, a longa guedelha ao vento. Pelas portas dos casebres, os vilões do castelo ajoelhavam à passagem do Senhor, que lhes atirava moedas de cobre, da sua escarcela; depois, em grupo, com os braços estendidos, ficavam a olhar o gigante que corria atrás.
Ao fim do passeio, tendo parado numa clareira onde se erguia uma torre, o menino não quis montar no potro, mas voltar ao castelo, cavalgando Cristóvão. Debalde o aio, com um joelho em terra, o potro pelas rédeas, lhe pediu para montar. Com o olhar vivo, ele disse só: “Mas quero!” E, suspirando, o velho aio ajudou-o a trepar até ao pescoço de Cristóvão, onde ele montou, com as suas esporas