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Página:Ultimas conferencias e discursos (1924).djvu/296

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Emfim! nas verdes pendulas ramadas,
Cantae, passaros! vinde ouvil-o, rosas!
Abri-vos, lirios? recendei, medrosas
Myosotis e acacias perfumadas,

Prestae-me ouvido! Saibam-no as cheirosas
Balsas e as leiras floridas plantadas;
Aves e flores, flores e alvoradas,
Alvoradas e estrellas luminosas,

Saibam-no agora! os ceos e a esphera toda
Saibam-no agora! Emfim, sua mão de leve...
Borboletas, que pressa! andaes-me em roda...

Auras, silencio! Emfim sua mãosinha,
Sua mão de jaspe, sua mão de neve,
Sua alva mão pude apertar na minha!...

Mas, ó deuses immortaes! quantas outras regiões do mappa sagrado reclamam a nossa visita e exigem a nossa curiosidade! Cem vidas não bastariam para percorrer todas estas regiões cheias de maravilhas. E nem todas as regiões são accessiveis ao olhar profano... Demos um salto, e passemos da mão ao pé:

O pé sempre foi o feitiço que mais tem impressionado os poetas de todas as raças e de todos os tempos. Um pé pequeno e bem feito vale ouro — que digo? vale o céo. Por possuir um pé perfeito, a pobre Cendrillon, a humilde Gata Borralheira sahiu do borralho para um throno... Qual será a razão desta primazia? Creio que, se o pé é tão amado, é porque nem sempre o vemos á vontade. Todo o mysterio