mas
Publicou-se, há tempo, na Imprensa da Universidade, em Coimbra, um folheto acerca da Comuna. perfeitamente inapto para uma nação que tenha de se organizar com ideias; é um político de pequenos meios que já foi polícia e parteiro.
O Sr. Favre é um bastardo de Robespierre, declamador de tribunal, violentador do poder em 4 de Setembro como radical, e em 18 de Março ministro conservador, personagem característico daquela farsa política que se chama — tira-te tu, para que vá eu!
E aqui estão estes Adolfo Thiers e Júlio Favre, iguais em inviolabilidade à
Sagrada Eucaristia, ou à Imaculada Conceição! E seremos processados, seremos degradados, se ousarmos vergastar com algumas frases de história as carnes antiquadas dos Srs. Adolfo e Júlio!
Mas é acusado o autor do folheto por ter defendido alguns actos da comuna e alguns dos seus homens? — Oh! indigna vergonha! Pois é proibido em Portugal ter opinião sobre um facto estrangeiro? Pois a comuna passou-se na nossa política? Foi a
Rua do Arco do Bandeira incendiada com petróleo? Foi o Sr. O. de Vasconcelos que mandou fuzilar o arcebispo de Paris? Pois não pertence a história ao puro domínio do pensamento? Pois a própria França não impede que se escrevam livros louvando a comuna, e o Governo português impede-o? Pois o Governo não proíbe que os jornais legitimistas