orque conservam uma certa compostura de toilette — se têm desabotoado tanto a dignidade? Vamos, meus belos cavalheiros da injúria franca! Um último passo! Já aniquilaram o decoro, ponham de lado a polidez.
Nem mesmo se prendam com o asseio! Tirem os botins, e atirem por cima das carteiras,
à face do País, essas peúgas de alvura duvidosa! Desapertem esses coletes, e que a
Pátria veja nas pregas das camisas o suor dos seus eleitos! Venha cerveja! Saltem as primeiras rolhas! Caiam as últimas injúrias! Ferva a intriga e espumem os bocks! Ao tilintar dos copos misture-se o embate dos insultos! — É falso, mente! Mais cerveja! Isso
é uma bestialidade, fora! Cigarros! Rompam as disputas de café em atitudes de taberna! Ninguém se coíba! Que o fumo do tabaco faça uma nuvem às votações — e as nódoas de vinho um comentário aos projectos de lei! E praguejem, e assobiem, e escarrem! E viva a troça! Hip! hip! hip! Hurra! Salta um decilitro! Fora, patife! E lari-lo- lé, lo-lé! Para o pagode! Oh! legisladores! Oh! homens de Estado! Oh! feira das
Amoreiras!
Pois temos nós obrigação de respeitar a câmara, quando ela se não respeita? Pois ela vive nas assuadas indecorosas — e há-de exigir que nos curvemos como se ela vivesse nas ideias elevadas?