Página:Uma campanha alegre v1 (1890).pdf/208

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A honrada Câmara Municipal do Porto quis dotar a cidade com uma praça de peixe. Nada mais higiénico, mais justo. De todo o tempo, nas grandes cidades, o peixe teve os seus aposentos definitivos, porque a vadiagem do peixe pelas ruas — fazendo concorrência à vadiagem dos filhos-famílias — é sobremodo insalubre! Mas uma praça de peixe não é um teatro nem uma casa de banhos — nem mesmo um quartel. Tem uma arquitectura própria, condições especiais de ar, de luz, de água, etc... Assim, em toda a parte, as praças de peixe são de uma construção ligeira, aberta e devassada pelos ventos, com leves colunatas de ferro sustentando um tecto de madeira ou de vidraça, lavadas por um perpétuo escorrer de água, cercadas de árvores... Enfim, um lugar são, fresco, higiénico, livre, desinfectado.