ominoso, que com mão tão incerta dirige o leme da coisa pública, declarou-se mãe da ostra. É mostrar um profundo desprezo pela ordem e pela economia! Quando um ministério assim pratica é que vai no caminho da anarquia, e nos leva direitos ao abismo!»
Também não é igualmente harmónico o processo para julgar as pessoas.
O Sr. Fulano, feito presidente de ministros, vai à Câmara.
Ao outro dia dizem os jornais ministeriais:
«O nobre Presidente do Conselho tinha ontem, à sua entrada na Câmara, umas magníficas botas de pelica. Que admirável pelica! Só quando se tem como S. Exª um tão grande zelo pelo bem do País e uma tão alta experiência das coisas públicas, se pode encontrar uma tão boa pelica!»
Os jornais moderados, em expectativa, em meia oposição, declaram: — «Não somos aduladores do poder, dizemos-lhe em face a verdade. Conhecemos a longa experiência, os fortes dotes oratórios do Sr. Presidente do Conselho; mas, apesar do seu tacto político, S. Exª tinha simplesmente umas botas moderadas de vitela francesa».
Os jornais de oposição exclamam:
«Insensatos! Que vindes vós falar na experiência,