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educadores, ensinavam em pátios, ao ar livre, entre árvores. Froebel fazia alterar o estudo do ABC e o trabalho manual; a criança soletrava e cavava. A educação deve ser dada com higiene. A escola entre nós é uma grilheta do abecedário, escura e suja: as crianças, enfastiadas, repetem a lição, sem vontade, sem inteligência, sem estímulo: o professor domina pela palmatória, e põe todo o tédio da sua vida na rotina do seu ensino.

Além disso, de 1 687 (como viram), só 172 foram achados competentes!

É que há um outro mal terrível — a falta de inspecção. A inspecção é a consciência pública da escola. Sem inspecção — o professor que não tem ordenado suficiente, nem destino garantido, nem estímulo eficaz, desleixa-se por falta de interesse, e a escola desorganiza-se por falta de direcção. É o que se dá por todo o País. As escolas estão abandonadas à indolência do professor: e o professor está abandonado à desesperança da vida!

Sabem como é feita a inspecção?

Em cada distrito administrativo há um comissário dos estudos que tem por ano, para inspeccionar as escolas do seu distrito, a gratificação de — 120$000 réis.

Ordinariamente é um professor do liceu ou o reitor. Isto vigora desde 1844. Ora em