Página:Uma campanha alegre v2 (1891).pdf/183

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crevé que nós todos conhecemos, hoje dado todo à família, ia junto da sua interessante esposa — pastando!»

Oh! bois!

Ah! se por acaso Sua Majestade El-Rei viajasse pela aldeia, numa digressão agrícola, a pé, seria pitoresco, de uma bela e nobre simplicidade, fazê-lo entrar nos prados, entre as possantes juntas de bois suados do trabalho. Mas numa estrada, numa viagem política, numa recepção oficial, os bois misturados com as autoridades, a anca do Ruço roçando a farda do Sr. Administrador, a cauda do Ligeiro fustigando a suíça do

Sr. Recebedor da Fazenda!... Dir-se-ia que os bois faziam parte da deputação da vila, e que, quando o Sr. Presidente da Câmara, na sua alocução, disse nós, se referia — às autoridades e ao gado: e certificava ao Rei que era bem recebido e querido — dos cidadãos e dos bois.

Se por acaso, porém, os bois estavam ali como ornato, arrebique, com a mesma intenção com que estariam arcos de buxo, parece-nos imprudente da parte de Vila do

Conde substituir as grinaldas de verdura — por animais de carne. E inconveniente adornar uma estrada com carne crua. Pode ser um funesto exemplo. A vila seguinte, querendo rivalizar em galas, pode adornar as ruas com carne cozida.