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nistro dos estrangeiros, anunciava no congresso a sua chegada oficial, dizendo: a revolução de Setembro é o advento do quarto estado!

Mas os senhores foram mais felizes que nos. Nós levámos a alcançar a roupa branca independente, que hoje temos, alguns séculos de trabalho consciente! E os senhores, caloiros que sois. Ainda há trinta anos, em 1848, a presença do operário

Albert no Governo provisório era a primeira aparição muda e instintiva do vosso temeroso mundo. — Parece incrível! e estamos em 72, e já vamos descendo para a penumbra histórica, nós, os filhos de Robespierre!

Paciência. Vamos-lhes abandonando a terra. Resignemo-nos. Desçamos. Dá cá o braço, Melício!

Mas, senhores operários, não se regozijem excessivamente; que os senhores têm o seu dia, mas terão o seu fim; e já por trás dos senhores, que são o povo, nós vemos uma temerosa sombra que murmura e rosna — a populaça.

Enfim, senhores operários, no meio dos seus triunfos, algumas considerações queremos submeter à sua atenção. E a primeira é que não se devem os senhores julgar os mais oprimidos da cidade. Porque onde existe o empregado público, ninguém tem o alto da desgraça. E se a sua Fraternidade Operária os pode conter a eles, lamentáveis como