acompanhar nas suas viagens, entrou de novo na habitação, puxando Otávio pelo pulso.
Então, achando-se apenas com o menino e o dono da casa, pediu a Otávio o objeto que lhe dera Rosalina. Examinou-o por momentos e depois, possuindo-se de uma tristeza, mais inexplicável do que a alegria que a precedera, falou gravemente a Otávio, que o observava admirado:
— Meu filho, a menina de cujas mãos recebeste este objetozinho não é filha do subdelegado, como disseste... É a filha de um pobre homem que morreu para salvar-me a vida.
— Oh! meu pai...
— É verdade, Otávio... Tens certamente na memória o fato a que me refiro.
"Um dia, íamos atravessando o Amazonas..."
— Oh! bem me lembro!... Uma horrível borrasca se desencadeara... Fomos abalroados por um tronco de árvore que sobrenadava... Caíste fora da embarcação... Era impossível lutar com as ondas... íeis morrer... o mísero lançou-se ao rio!... agarrou-vos... conseguiu repor-vos sobre a embarcação... salvou-vos!... Mas as águas revoltas o envolveram... eu vi uma mão agitar-se por instantes fora d'água... era o adeus supremo do infeliz!... Ele sumiu-se...
Otávio enxugou com as costas da mão uma lágrima que lhe pendia dos cílios.
— Exatamente, meu filho. Pois esse homem dedicado consagrava-me verdadeiro afeto, e, seis dias antes do