Página:Uma tragédia no Amazonas.djvu/117

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brandindo fouces e punhais sobre ele, e nesses três homens reconheceram os novos engajados!

O paraense defendia-se valentemente a coronhadas, e os seus adversários recuavam para longe, a cada volta que ele descrevia com a sua espingarda segura pelo cano.

Uma palavra repetia ele com indignação:

— Traidores! Traidores!

— Padre Jorge, badrou Eustáquio, que tivera de súbito um pensamento, eles não são traidores!... Ainda há pouco ouvimos um sinal... Era para eles, que, apenas o ouviram, romperam a luta. Não são traidores! Fazem parte da quadrilha que me persegue! Conseguiram introduzir-se em minha casa e estão desempenhando um papel de que foram encarregados!

— Sim, meu amigo, sim! E sou eu quem tem a culpa desta desgraça... Perdoa-me! Um excesso de prudência me fez imprudente... Fui muito precipitado aconselhando-te engajamento de indivíduos que eu não conhecia... mas fui levado por um grande receio de que não fosse suficiente o pessoal que tinhas para tua defesa. Demais, as aparências dos malvados me iludiram!

— Oh! vão matar o paraense! exclamou Eustáquio, que, sem dar atenção ao padre Jorge, acompanhava os rápidos momentos do combate do roseiral.

O intrépido caboclo, que a princípio resistira com vantagem, começava a fraquear.

O marido de Branca levantou a pistola que tinha na mão e, através dos caixilhos, desfechou um tiro... Uma bala foi tocar o peito de um bandido, cuja mão chegara a garganta