Página:Uma tragédia no Amazonas.djvu/25

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— Estás lá, bandido, pensou ele, estás aviado, ou morres afogado, ou provas uma bala desta pistola.

O soldado, tinha suspendido a arma e a ia descarregar, mas um grito veemente de socorro fê-lo parar.

A voz partira do lugar da estrada que lhe ficava por cima da cabeça. Era indubitavelmente o guarda ferido, que fora atacado por inimigos covardes.

O seu companheiro, um moço valente, voltou-se e começou a galgar a ribanceira.

Não dera dois passos quando uma sombra surgiu ao seu lado.

— Pára! gritou ela, desaparecendo um momento oculta pelo clarão forte de um tiro.

O projétil resvalou pelo ombro do policial, que maquinalmente disparou sobre o seu agressor. De súbito, sumiu-se este.

O estampido deste novo tiro abafara segundo grito, mais afastado porém, que implorava:

— Acuda-me! Acuda-me!

De um salto o guarda chegou à picada. Era já tarde e por mais que buscasse pôde apenas certificar-se do desaparecimento do seu estimado companheiro.

Encontrou um lago de sangue e alguns farrapos de vestuário, no lugar onde devera ter havido uma luta entre os assassinos, ou o assassino, e a vítima.

Já era esta a segunda e como a primeira fora oculta.

No meio da escuridão de uma noite sem lua, mais sombreada ainda pelos rolos tempestuosos de grossas nuvens que se estendiam pelo firmamento, prorrompeu o soldado