— A dor que senti, minha querida Úrsula – prosseguiu o mancebo com voz magoada – não vos poderei exprimir... Ela calou-me até o fundo do coração, e eu gemi de angústia por mim, por minhas esperanças assim cortadas, e por minha mãe desdenhada e aviltada ao último apuro por seu esposo!...
Corri para ela chorando: esse choro, que eu não sabia reprimir, arrancava-me o sofrer profundo daquela criatura angélica.
E ela também chorava; mas era um pranto sentido e terno, que contrastava com o meu, que era provocado mais pela indignação mal sufocada no coração, ao passo que o dela era o de uma santa.
— Que humilhação! – exclamei pálido de comoção – Que humilhação, minha mãe!